Você sabia que dia 5 de
outubro, a nossa Constituição Federal faz aniversário? Ela, que é
carinhosamente chamada de “Constituição Cidadã”, recebeu este
apelido porque ampliou as garantias e liberdades das pessoas, restabeleceu
as eleições livres e diretas, acabou com a censura, criou novos direitos
trabalhistas, e permitiu o voto de analfabetos e de jovens a partir de 16 anos.
Por
todas essas razões devemos, sim, comemorar essa data e lembrar que o nosso país
já superou momentos muito difíceis no campo da política, e que a Constituição
de 1988 deve ser defendida e homenageada por todos os brasileiros. O nosso país
já teve sete Constituições Federais até hoje, mas esta última é, com certeza, a
mais democrática de todas.
E que
tal agora conhecer curiosidades sobre a história das Constituições brasileiras?
O Brasil já teve sete Constituições desde sua independência, no dia 7 de
setembro de 1822.
A
primeira Constituição foi a que durou mais tempo: 157 anos! Ela foi publicada
em 1824 e dava muitos poderes ao imperador. Tanto que ela previa quatro
poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador. Com este último, o
imperador podia controlar todos os outros. Pela lei, só podia votar aquele
cidadão que tivesse uma quantia x de dinheiro.
A
Constituição de 1891 chamava os governadores de “presidentes de estado”. Isso
porque foi baseada na Constituição dos Estados Unidos, onde cada estado tinha
autonomia, desde que não fossem contra a lei máxima do país.
A
Constituição que ficou em vigor por menos tempo foi a terceira, de 1934. Durou
apenas três anos! Mas na prática foi um ano só, porque em 1935 o então
presidente da República, Getúlio Vargas, suspendeu sua validade.
A
Constituição de 1937, outorgada por Getúlio, era também chamada de “Polaca”,
porque foi inspirada na Constituição autoritária da Polônia.
Depois de 10 anos dando poder a Getúlio Vargas, a Constituição escrita em 1946
estabeleceu que o mandato presidencial poderia ter no máximo cinco anos. Hoje o
mandato é de apenas quatro anos.
Em
1961, foi escrita uma emenda à Constituição de 1946, implantando o
parlamentarismo. Mas em 1962, foi feito um plebiscito, e os brasileiros
escolheram a volta do presidencialismo.
A
Constituição de 1967 só não foi mais antidemocrática que a primeira. A sexta
Constituição brasileira, escrita durante a ditadura militar, chegou até a
estabelecer a pena de morte para crimes de segurança nacional, como o
terrorismo e invasão de terras públicas, por exemplo.
A nossa
sétima e última Lei Maior, promulgada em 5 de outubro de 1988, trouxe
importantes conquistas para as crianças, adolescentes, idosos, mulheres, negros
e índios. Com ela, o cidadão reconquistou o direito de dar seu voto direto para
presidente da República, governador, prefeito, deputado (federal, estadual e
distrital), senador e vereador. Entre outras coisas, ela ainda ampliou os
poderes do Congresso Nacional, tornando o Brasil um país mais democrático.
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