Pelo Prof. Ricardo Costa Oliveira
Afinal, qual é a base social preferencial da intenção do voto em Marina
? O eleitor jovem, despolitizado, de classe "média-baixa" (2 a 5
Salários Mín.), evangélico, urbano, morador nas capitais e periferias. O que
chama a atenção é a hegemonia de Marina no segmento jovem, a geração que ainda
não era adulta no meio do governo FHC e que não tem a memória política da
eleição e presidência de Fernando Collor(o da nova política, o
salvador-da-pátria-acima-dos-partidos, que não era de direita, nem de
esquerda e governaria com todos juntos na reconstrução nacional). Esta mesma
base social jovem forneceu a demografia urbana confusa das manifestações de
junho de 2013 e está associada mentalmente ao mesmo primarismo e pouca
consistência político-partidária de Marina. Representam setores no terciário,
comércio, serviços e autônomos, a grande maioria sem maior tradição
organizacional ou sindical, em condições precárias e pouco organizadas.
Abandonados pelo establishment. Querem mudanças e não sabem ao certo como
funcionam os partidos, as instituições e a política como um todo. Somente as
posições do PT e do PSDB podem redefinir e pautar a ida e os eventuais
resultados de Marina no segundo turno porque continuam permanecendo como os
dois únicos atores principais na governabilidade, os outros são meros
coadjuvantes e auxiliares para votos úteis ou inúteis nas candidaturas
presidenciais.
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