A presidenta Dilma Rousseff, em seu discurso
na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta quarta-feira (24), condenou
o racismo, à homofobia e às desigualdades entre homens e mulheres; “O racismo,
mais que um crime inafiançável, é uma mancha que não hesitamos em combater,
punir e erradicar. O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as
mulheres e os negros, os afro-brasileiros, temos também contra a homofobia”,
disse a presidenta, ao citar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que
reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo; em 2012, na eleição
pela Prefeitura de Curitiba, a homofobia foi tema de campanha; neste ano, o
assunto voltou ao palanque eleitoral devido ao recuo da presidenciável Marina Silva
em programa de governo acerca do apoio ao casamento gay e à criminalização da
homofobia.
A presidenta Dilma
Rousseff defendeu hoje (24), em discurso na abertura da 69ª Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), o combate ao racismo, à homofobia e às
desigualdades entre homens e mulheres.
“Ao lado do desenvolvimento
sustentável e da paz, a ordem internacional que buscamos construir funda-se em
valores. Entre eles, destacam-se o combate a todo o tipo de discriminação e
exclusão”.
Dilma disse que a promoção da
igualdade racial no Brasil é uma forma de compensar os séculos de escravidão a
que os negros foram submetidos e que a miscigenação é um orgulho para os
brasileiros.
“O
racismo, mais que um crime inafiançável, é uma mancha que não hesitamos em
combater, punir e erradicar. O mesmo empenho que temos em combater a violência
contra as mulheres e os negros, os afro-brasileiros, temos também contra a
homofobia”, disse a presidenta, ao citar decisão do Supremo Tribunal Federal
(STF) que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
“Acreditamos firmemente na dignidade
de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes
devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização tanto no plano
interno como no plano internacional”, acrescentou.
Durante o discurso, em que falou
principalmente de economia e questões internacionais, Dilma também defendeu um
novo modelo de governança da internet para garantir o respeito aos direitos
humanos nos mundos real e virtual.
“Em setembro de 2013, propus aqui, no
debate geral, a criação de um marco civil para a governança e o uso da Internet
com base nos princípios da liberdade de expressão, da privacidade, da
neutralidade da rede e da diversidade cultural. Noto, com satisfação, que a
comunidade internacional tem se mobilizado, desde então, para aprimorar a atual
arquitetura de governança da internet”, avaliou.
Dilma também falou sobre as
negociações para um novo acordo global sobre o combate às mudanças climáticas e
voltou a defender um texto “equilibrado, justo e eficaz” e com graus diferentes
de responsabilidades para países ricos e nações em desenvolvidos.
“Esperamos que os países
desenvolvidos, que têm a obrigação não só legal, mas também política e moral de
liderar pelo exemplo, demonstrem de modo inequívoco e concreto seu compromisso
de combater esse mal que aflige a todos nós”, cobrou. A presidenta defendeu a
criação de mecanismos de desenvolvimento e transferência de tecnologias limpas,
principalmente em favor dos países mais pobres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário