AINDA HÁ 805 MILHÕES DE PESSOAS QUE PASSAM FOME NO
MUNDO TODO
O Mapa
da Fome 2013, apresentado na manhã desta terça-feira (16/09), em Roma
pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO,
na sigla em inglês), mostra que o Brasil conseguiu reduzir a pobreza
extrema - classificada com o número de pessoas que vivem com menos de
US$ 1 ao dia - em 75% entre 2001 e 2012. No mesmo período, a pobreza foi
reduzida em 65%.
Nos últimos
dez anos, o Brasil também reduziu à metade a porcentagem de sua população que
sofre com a fome, cumprindo assim um dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), fixados pelas Nações Unidas para 2015.
Apresentado
como um dos casos mundiais de sucesso na redução da fome, o
Brasil, no entanto, ainda tem mais de 16 milhões vivendo na pobreza: 8,4% da
população brasileira vive com menos de US$ 2 por dia.
O relatório da FAO mostra que o
Brasil segue sendo um dos países com maior progresso no combate à fome e cita a
criação do programa Fome Zero, em 2003, como uma das razões para o progresso do
país nessa área. Não por acaso, criado pelo então ministro do governo Lula,
José Graziano, hoje diretor-geral da FAO.
De acordo com o documento, a
prioridade dada pelo governo Lula ao combate à fome - citando a fala do
ex-presidente de que esperava fazer com que todos os brasileiros fizessem três
refeições por dia - no Fome Zero é a responsável pelos avanços.
Inicialmente concebido dentro
do Ministério de Segurança Alimentar, o programa era um conjunto de ações nessa
área que tinha como estrela um cartão alimentação, que permitia aos usuários
apenas a compra de comida. Logo substituído pelo Bolsa Família, o Fome Zero foi
transformado em um slogan de marketing englobando todas as ações do governo
nessa área.
"O resultado desses
esforços são demonstrados pelo sucesso do Brasil em alcançar as metas
estabelecidas internacionalmente", diz o relatório, ressaltando que o
Brasil investiu aproximadamente US$ 35 bilhões em ações de redução da pobreza
em 2013.
América
Latina
A América Latina é a região onde houve maior avanço na redução da pobreza e da fome entre 1990 e 1992, especialmente na América do Sul, com os países do Caribe ainda um pouco mais lentos. O relatório mostra que o número de pessoas subnutridas na região passou de 14,4% da população para cerca de 5%. Além do Brasil, a Bolívia é citada como exemplo. Apesar de ainda ter quase 20% da população abaixo da linha da pobreza, saiu de um porcentual próximo a 40%.
A América Latina é a região onde houve maior avanço na redução da pobreza e da fome entre 1990 e 1992, especialmente na América do Sul, com os países do Caribe ainda um pouco mais lentos. O relatório mostra que o número de pessoas subnutridas na região passou de 14,4% da população para cerca de 5%. Além do Brasil, a Bolívia é citada como exemplo. Apesar de ainda ter quase 20% da população abaixo da linha da pobreza, saiu de um porcentual próximo a 40%.
Mundo
No mundo todo, 805 milhões de pessoas ainda passam fome, ou seja, um de cada nove habitantes do planeta, não têm alimentos suficientes. São 100 milhões a menos do que há uma década, e 200 milhões a menos do que há 20 anos, mas ainda muito abaixo da velocidade que permitiria ao mundo cumprir a primeira meta dos objetivos do milênio, de reduzir a pobreza extrema à metade até 2015. Atualmente, apenas 63 países cumpriram a meta. Outros 15 estão no caminho e devem alcançá-la.
No mundo todo, 805 milhões de pessoas ainda passam fome, ou seja, um de cada nove habitantes do planeta, não têm alimentos suficientes. São 100 milhões a menos do que há uma década, e 200 milhões a menos do que há 20 anos, mas ainda muito abaixo da velocidade que permitiria ao mundo cumprir a primeira meta dos objetivos do milênio, de reduzir a pobreza extrema à metade até 2015. Atualmente, apenas 63 países cumpriram a meta. Outros 15 estão no caminho e devem alcançá-la.
O documento ressalta que
"apesar do progresso significativo geral, ainda persistem várias regiões
que estão na retaguarda" na Ásia e na África Subsaariana.
As organizações destacam que a
insegurança alimentícia e a desnutrição são problemas complexos que devem ser
resolvidos de maneira coordenada e pedem aos governos para trabalhar em
estreita colaboração com o setor privado e a sociedade civil.
O documento insiste que "a
erradicação da fome requer o estabelecimento de um entorno propício e um
enfoque integrado", que inclua investimentos privados e públicos para
aumentar a produtividade agrícola, o acesso à terra, aos serviços, às
tecnologias e aos mercados.
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