Em uma democracia, o instrumento mais importante de participação
dos cidadãos na vida política é, com certeza, o Projeto
de Lei de Iniciativa Popular, através do qual eles podem
atuar publicamente na criação das normas que os regem. É um mecanismo simples,
que permite a qualquer um propor mudanças no funcionamento da estrutura sócio-política do país.
Foi
assim que nasceu, por exemplo, o famoso projeto da Ficha Limpa, uma iniciativa do Movimento de
Combate à Corrupção Eleitoral; eles conceberam a ideia de impedir que políticos
envolvidos com a Justiça pudessem alimentar futuras candidaturas. Seus membros
percorreram o caminho que todos os interessados em fomentar uma transformação
nas engrenagens normativas devem palmilhar.
A
passagem das Leis de Iniciativa Popular nos organismos oficiais segue a mesma
trajetória dos projetos apresentados por um político, não há distinções entre
eles, uma vez que serão encaminhados, da mesma forma, à votação de deputados,
senadores e do próprio Presidente da República.
Estes
projetos são regidos pela Lei 9709/98, a mesma que regulamenta os plebiscitos e
referendos, ambos de natureza consultiva, pois permitem que a população seja
ouvida e possa decidir sobre temas significativos de caráter social, político,
econômico, entre outros, no que tange à Constituição, à esfera legislativa ou
administrativa.
O
Projeto Ficha Limpa demonstra que realmente é possível concretizar um projeto
nascido no seio da população. O importante é saber como se organizar. Alguns
detalhes são relevantes, como definir a esfera do projeto, se ele está ligado
ao funcionamento do município, de um órgão estadual ou se está relacionado a
uma temática nacional.
Quanto á
dificuldade de se entrar em contato com um político é bom saber que todos têm
livre acesso aos gabinetes dos parlamentares; é possível encontrar seus
telefones ou e-mails nos próprios sites dos órgãos oficiais, e também há o
eventual contato com eles durante uma sessão popular.
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