Por Thais
Pacievitch

A discriminação
racial é um conceito que normalmente é confundido com racismo (e que o
abarca), mas se trata de conceitos que não necessariamente coincidem. Enquanto
o racismo é uma ideologia baseada na superioridade de uma raça ou etnia sobre
outra, a discriminação racial é um ato que, embora esteja fundado em uma
ideologia racista, não sempre o está. Ou seja, é preciso deixar claro que a
discriminação racial positiva (quando as discriminações têm como objetivo
garantir a igualdade das pessoas afetadas) constitui uma maneira de discriminação
cujo objetivo é combater o racismo.
Historicamente, o racismo tem servido para justificar uma série de genocídios (crimes contra a humanidade) e diversas formas de dominação das pessoas. Exemplo disto são a escravidão, a servidão, o colonialismo e o imperialismo, ou seja, uma total afronta a dignidade humana básica de diversos povos ao longo do tempo.
O
racismo frequentemente é associado à xenofobia,
quer dizer, o ódio, repugnância ou hostilidade relacionada a estrangeiros.
Cabe, porém, ressaltar que ambos os conceitos são diferentes, visto que o
racismo é uma ideologia de superioridade e a xenofobia é um sentimento de
rejeição voltado aos estrangeiros, algo diferente do racismo. O racismo também está
relacionado com outros conceitos como o etnocentrismo, os sistemas de castas, o
colonialismo e até a homofobia.
Os
atos, valores e sistemas racistas estabelecem, velada ou abertamente, uma ordem
hierárquica entre os grupos étnicos para justificar as vantagens ou privilégios
gozados pelo grupo que domina.
Em
1965, a organização das Nações Unidas (ONU) adotou a convenção internacional
sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial. Assim,
estabeleceu como Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial o dia
21 de março.
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