Neoliberalismo
O Neoliberalismo é
uma releitura do Liberalismo Clássico.
Embora
o termo tenha sido cunhado em 1938 pelo sociólogo e economista alemão Alexander Rüstow,
o Neoliberalismo só ganharia efetiva aplicabilidade e
reconhecimento na segunda metade do século XX, especialmente a partir da década
de 1980. Nesta época, houve um grande crescimento da concorrência comercial, muito
em função da supremacia que ocapitalismo demonstrava conquistar sobre
o sistema socialista.
Mesmo
ainda no decorrer da Guerra Fria, as características do conflito já
eram muito diferenciadas das existentes nos anos imediatamente posteriores ao
fim da Segunda Guerra
Mundial. AUnião Soviética já
havia se afundado em uma grave crise que apontava para o seu fim inevitável.
Enquanto isso, o capitalismo consolidava-se como sistema superior e desfrutava
de maior liberdade para determinar as regras do jogo econômico.
O
crescimento comercial foi notório e, para enfrentar a concorrência, medidas
foram tomadas no Reino Unido e nos Estados Unidos. As principais
características dessas medidas foram a redução dos investimentos na área
social, ou seja, no que se refere à educação, saúde e previdência social.
Ao mesmo tempo, adotou-se como prática também a privatização das empresas
estatais, o que se aliou a uma perde de poder dos sindicatos. Passou-se a
defender um modelo no qual o Estado não deveria intervir em nada na economia,
deixando-a funcionar livremente. Ou seja, considerando-se as características do
novo momento, uma releitura da forma clássica do Liberalismo.
O Neoliberalismo ganharia
força e visibilidade com o Consenso de Washington, em 1989. Na
ocasião, a líder do Reino Unido, Margareth Thatcher,
e o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, propuseram os
procedimentos do Neoliberalismo para todos os países, destacando que os
investimentos nas áreas sociais deveriam ser direcionados para as empresas.
Esta prática, segundo eles, seria fundamental para movimentar a economia e, consequentemente,
gerar melhores empregos e melhores salários.
Houve
ainda uma série de recomendações especialmente dedicadas aos países pobres, as
quais reuniam: a redução de gastos governamentais, a diminuição dos impostos, a
abertura econômica para importações, a liberação para entrada do capital
estrangeiro, privatização e desregulamentação da economia.
O
objetivo do Consenso de Washington foi, em certa medida, alcançado com sucesso, pois vários países
adotaram as proposições feitas. Só que muitos países não tinham condições de
arcar com algumas delas, o que gerou uma grande demanda de empréstimos ao Fundo
Monetário Internacional (FMI). Logo, criava-se todo um sistema de privilégios
para os países desenvolvidos, pois as medidas neoliberais eram implementadas
sob o monitoramento do FMI e toda essa abertura econômica favorecia claramente
aos países ricos, capazes de comprar as empresas estatais e de investir
dinheiro em outros mercados. Por outro lado, o argumento de defesa do
Neoliberalismo diz que a abertura econômica é benéfica porque força à
modernização das empresas.
No
Brasil, o Neoliberalismo foi adotado abertamente nos dois
governos consecutivos do presidente Fernando Henrique Cardoso. Em seus dois
mandatos presidenciais houve várias privatizações de empresas estatais. Muito
do dinheiro arrecadado foi usado para manter a cotação da nova moeda
brasileira, o Real, equivalente a do dólar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário