Bem-estar animal é um tema amplo, que pode ter vários aspectos
a serem analisados. Este texto irá se concentrar em três aspectos principais,
por serem os mais presentes nas sociedades atuais:
- Bem-estar dos animais domésticos
- Bem-estar dos animais silvestres
- Bem-estar dos animais de criação (consumo)
O bem-estar dos animais
domésticos envolve uma série de questões polêmicas, como os
maus-tratos, assunto em voga atualmente, e o destino dos animais de rua.
Acontecimentos como a morte recente do yorkshire, espancado até a
morte por sua dona, causam uma comoção geral e trazem um questionamento de, até
que ponto as pessoas estão realmente preparadas para ter animais de estimação.
Existem diversas campanhas educativas, principalmente na internet, que trazem o
slogan “animal não é brinquedo” e que procuram conscientizar as pessoas de que
os animais de estimação constituem uma responsabilidade, e que necessitam de
carinho e cuidados constantes, cuidados estes que geram gastos materiais e
adaptação da vida do dono ao animal. Ainda assim, casos de crueldade são vistos
diariamente na mídia, demonstrando a imaturidade do ser humano ao lidar com os
animais.
A melhor forma de evitar novas
ocorrências como estas é conscientizar, já que a lei brasileira costuma ser
branda para quem comete crimes contra animais.
O bem-estar dos animais
silvestres, por outro lado, envolve políticas ambientais, já que o
desmatamento, as queimadas e a falta de fiscalização das atividades em áreas
protegidas afetam o ecossistema, fazendo com que os animais silvestres saiam de
seus habitats, alteram seus hábitos, gerando mudanças na cadeia alimentar ou,
ainda, simplesmente os exterminam. Conforme dito anteriormente, as leis
ambientais não costumam ser muito rígidas na punição de infratores, e muitos
dos crimes ambientais são considerados de menor potencial ofensivo, ou seja,
permitem que o infrator apenas pague um multa ao estado e não seja oficialmente
“processado”.
É pouco o que a população pode fazer
nestes casos, já que esta agressão ocorre bem longe dos olhos da maioria das
pessoas. Suspeitas de atividades irregulares em unidades de conservação e de
tráfico de animais podem ser denunciadas ao Ministério Público e deve-se sempre
verificar a procedência dos animais silvestres antes de serem comprados,
existem criadores especializados e legalizados autorizados pelo IBAMA.
Por fim, o bem-estar dos
animais de criação, “usados” para consumo, também constitui um assunto
polemico, já que o consumo de carne é aceito pela sociedade atual e há pouca
fiscalização de matadouros e criadores, exceto no que concerne à questão
sanitária.
Paul MacCarntney, ex Beatle e ativista
pelo direito dos animais costuma dizer “se os matadouros fossem de vidro, todos
seriam vegetarianos”. É possível, portanto, ter uma vaga idéia da crueldade que
se pode observar em um matadouro. a maior parte dos criadores alegam que os
animais não sofrem no momento do abate, mas diversas pesquisas mostram que não
é bem assim, e que, muitas vezes, o animal pressente o momento da morte,
liberando toxinas em sua carne, que fazem mal à saúde.
O ideal, portanto, quanto ao consumo da
carne e dos produtos de origem animal (ovos, leite, queijos, etc) é que sejam
adquiridos de pequenos criadores ou produtores, onde os animais são tratados de
forma menos cruel, muitas vezes livres, com ração mais natural, sem hormônios
ou medicamentos que os façam crescer/engordar/reproduzir de forma artificial.
Da mesma forma que, cada vez mais, as pessoas procuram alimentar-se de vegetais
e verduras orgânicos, com a carne e derivados pode-se adotar uma estratégia
semelhante, para o bem da saúde e dos próprios animais.
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