VIA BLOG - 247
Jornalista Ricardo Kotscho aponta
"diferenças estranhas" em simulações de segundo turno dos institutos
Datafolha e Ibope; enquanto o primeiro registra empate técnico entre a
presidente Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves, o segundo prevê vitória com
larga vantagem da petista; "É muita diferença para o mesmo momento da
mesma eleição", constata o blogueiro, que cobra explicações das
"possíveis razões de números tão divergentes"
24 DE JULHO
DE 2014 ÀS 10:49
247 - O
jornalista Ricardo Kotscho avalia que há "diferenças estranhas" nas
simulações de segundo turno realizadas pelos institutos Datafolha e Ibope,
divulgadas com um intervalo de quatro dias. Enquanto o primeiro registra empate
técnico entre a presidente Dilma Rousseff e o tucano Aécio Neves, o segundo
prevê vitória com larga vantagem da petista. Em seu blog, Kotscho cobra que
os responsáveis pelas pesquisas venham a público "para explicar as
possíveis razões de números tão divergentes".
Leia mais na matéria publicada ontem pelo 247 sobre
o tema: O que explica a diferença entre Ibope
e Datafolha?
Abaixo, o post de Ricardo Kotscho:
Ibope e Datafolha: alguém está errando feio no 2º
turno
Ainda nem sabemos se vamos ter
segundo turno nas eleições. Até aqui, Dilma vem mantendo um empate técnico com
a soma de todos os demais candidatos no primeiro turno, qualquer que seja a
pesquisa. Quando se trata das projeções para o segundo turno, porém, as
diferenças são estranhas, fora das margens de erro, tanto do Datafolha como do
Ibope.
No novo levantamento publicado pelo
Ibope, na noite de terça-feira (22), o primeiro após a Copa, mostrando mais uma
vez que não houve interferência do futebol da seleção na campanha eleitoral, o
instituto aponta vitória folgada de Dilma contra Aécio, caso tenhamos um
segundo turno: 41% a 33%, uma vantagem de oito pontos. Para o primeiro turno,
os números estão bem próximos, como mostra a matéria do R7.
Já no Datafolha, divulgado no fim da
semana passada, a diferença ficou em 4 pontos (44% a 40%), o que permitiu ao
jornal do mesmo grupo publicar manchete sobre um empate técnico no segundo
turno, no limite da margem de erro.
Como as duas pesquisas foram
divulgadas com o intervalo de apenas quatro dias, e nada de importante
aconteceu neste período, alguém está errando feio nas projeções para o segundo
turno. É muita diferença para o mesmo momento da mesma eleição.
Seria interessante para a lisura da
campanha e a saúde da democracia brasileira que os responsáveis pelas pesquisas
dos dois institutos viessem a público para explicar as possíveis razões de
números tão divergentes.
Os leitores sabem que não faço parte
da turma do Fla-Flu que sempre levanta suspeitas quando os números não são
favoráveis ao seu candidato. A princípio, confio em todas as pesquisas dos dois
institutos, até porque, não disponho de outras para confrontar, mas estas
últimas deixaram dúvidas que só os próprios especialistas podem esclarecer. Com
a palavra, Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, e Marco Paulino, da Folha.
Os valentes comentaristas do Balaio
também podem me ajudar a entender este estranhamento provocado pelos últimos
números divulgados.
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